terça-feira, 14 de agosto de 2007

Sobre sentidos; ou, sobre a felicidade de lhe ter

A casa está cheia de sons. As paredes se descascando, mudando a pele, me falam de alguém e não de quando. Porque essa coisa de quando é de fato estranho. Foi no quando de me perceber habitada que o tempo não é mais nada, senão, o tique-taque de um relógio. Mais um som. Passado, futuro e presente numa porção só: presentificados por um cheiro.

Bom é quando a pele me fala de um quando: agora. Basta você... Habitante de mim... O cheiro...
E os sons de nossa casa querem um lugar para se entranhar entre as camadas de tintas - pelas partes desnudadas - com vergonha, ou inveja.
Depois de um tempo, que não se sabe quanto, acho que eles saem de lá em forma de música. Parecem cantarolar uma melodia conhecida. Celebram essa coisa bonita que se chama: nós.

Um comentário:

Tainá disse...

te (re)encontrei. :)
e tão cheia de amores que enchem os olhos.

beijo, menina.